Turista que se preza não termina as suas férias sem dedicar um dia às compras de recordações que hão-de comprovar “ad aeternum” a sua passagem pelo local por si escolhido.
Se há uma cidade onde, nesse sentido, o viajante terá a vida facilitada, Maputo é seguramente uma delas.
Mesmo ao mais desatento turista, não lhe é permitido que ignore o que naquela terra há de bom. Quem percorre as ruas de Maputo chega a pensar que o comércio saiu à rua. Muitos dos metros quadrados dos passeios da cidade, são disputados pelos inúmeros vendedores ambulantes. Há quem venda à porta das lojas do comércio tradicional, os mesmos produtos que esses lojistas expõem nas montras. Como é possível que essa coabitação pacífica se mantenha sem desavenças? Pergunta o turista.
Um homem da terra, com um sorriso esclarecedor, afiançou-me que existe um “acordo de cavalheiros” entre as partes. Os produtos vendidos no passeio são adquiridos nessas lojas pelos vendedores ambulantes que, em caso de venda, se comprometem ao retorno de uma quantia previamente estipulada. Estranho, pensei eu, mas se a paz reina entre todos é porque o sistema funciona, admiti.
Este tipo de comércio ambulante dá origem a um movimento inusitado, no que sobra dos passeios, de gente que se movimenta atenta à procura daquela “pechincha” de que sempre esteve à espera. E ninguém leva a sério o valor do custo dos produtos, inscritos à mão num pedaço de cartão. Cada acto de compra, é precedido por uma negociação, onde o turista, com um certo jeito para regatear, pode adquirir a um preço justo os produtos recomendados pelo seu desejo.
E há de tudo, desde bebidas alcoólicas, até acessórios para o automóvel, passando pelos produtos hortícolas da época, roupa, sapatos, óculos, artesanato, etc.
E para quem vê, o seu telemóvel a avariar de um momento para o outro, negando-lhe aquela conversação urgente que estava a ter, também encontra uma banca SOS para reparação deste e de outro tipo de produtos tecnológicos. A reparação é feita de imediato perante o olhar ansioso do cliente, que ao ver ao o seu telemóvel devolvido à vida, nem discute o valor que tem que pagar por isso.
Podemos assistir à capacidade que muitos vendedores, têm de analisar a todo o momento, as tendências do mercado, e que em momento desfavoráveis pegam no atrelado de duas rodas, onde montam a sua banca, e vão ao encontro de outra esquina, onde a procura se adeqúe mais aos produtos que vende. É caso para de afirmar que esses negócios têm rodas para andar!
Com tanta gente a trabalhar por conta própria (às vezes parecem mais que os compradores), num negócio que certamente contribuirá pouco ou nada para a receita fiscal do País, perguntamos porque será que as autoridades “fecham os olhos” a esta realidade. Aprofundando um pouco mais este fenómeno sociológico, percebemos então porque é que ali, os caminhos da droga têm poucos adeptos.
Mesmo sendo parcos os rendimentos obtidos neste tipo de mercado, a verdade é que todos eles, pelo menos, têm uma ocupação.
Se há uma cidade onde, nesse sentido, o viajante terá a vida facilitada, Maputo é seguramente uma delas.
Mesmo ao mais desatento turista, não lhe é permitido que ignore o que naquela terra há de bom. Quem percorre as ruas de Maputo chega a pensar que o comércio saiu à rua. Muitos dos metros quadrados dos passeios da cidade, são disputados pelos inúmeros vendedores ambulantes. Há quem venda à porta das lojas do comércio tradicional, os mesmos produtos que esses lojistas expõem nas montras. Como é possível que essa coabitação pacífica se mantenha sem desavenças? Pergunta o turista.
Um homem da terra, com um sorriso esclarecedor, afiançou-me que existe um “acordo de cavalheiros” entre as partes. Os produtos vendidos no passeio são adquiridos nessas lojas pelos vendedores ambulantes que, em caso de venda, se comprometem ao retorno de uma quantia previamente estipulada. Estranho, pensei eu, mas se a paz reina entre todos é porque o sistema funciona, admiti.
Este tipo de comércio ambulante dá origem a um movimento inusitado, no que sobra dos passeios, de gente que se movimenta atenta à procura daquela “pechincha” de que sempre esteve à espera. E ninguém leva a sério o valor do custo dos produtos, inscritos à mão num pedaço de cartão. Cada acto de compra, é precedido por uma negociação, onde o turista, com um certo jeito para regatear, pode adquirir a um preço justo os produtos recomendados pelo seu desejo.
E há de tudo, desde bebidas alcoólicas, até acessórios para o automóvel, passando pelos produtos hortícolas da época, roupa, sapatos, óculos, artesanato, etc.
E para quem vê, o seu telemóvel a avariar de um momento para o outro, negando-lhe aquela conversação urgente que estava a ter, também encontra uma banca SOS para reparação deste e de outro tipo de produtos tecnológicos. A reparação é feita de imediato perante o olhar ansioso do cliente, que ao ver ao o seu telemóvel devolvido à vida, nem discute o valor que tem que pagar por isso.
Podemos assistir à capacidade que muitos vendedores, têm de analisar a todo o momento, as tendências do mercado, e que em momento desfavoráveis pegam no atrelado de duas rodas, onde montam a sua banca, e vão ao encontro de outra esquina, onde a procura se adeqúe mais aos produtos que vende. É caso para de afirmar que esses negócios têm rodas para andar!
Com tanta gente a trabalhar por conta própria (às vezes parecem mais que os compradores), num negócio que certamente contribuirá pouco ou nada para a receita fiscal do País, perguntamos porque será que as autoridades “fecham os olhos” a esta realidade. Aprofundando um pouco mais este fenómeno sociológico, percebemos então porque é que ali, os caminhos da droga têm poucos adeptos.
Mesmo sendo parcos os rendimentos obtidos neste tipo de mercado, a verdade é que todos eles, pelo menos, têm uma ocupação.
Aurélio Terra
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